O prognatismo mandibular é um dos distúrbios mais complexos ligados à ortodontia. Isso porque além de impactar na estética facial dos pacientes, também prejudica a respiração e a mastigação.
Além disso, pacientes que sofrem com este distúrbio podem sofrer também de depressão, já que a assimetria facial decorrente do prognatismo leva à baixa autoestima. Como a arcada dentária inferior ultrapassa a arcada superior, o queixo acaba ficando proeminente, comprometendo bastante a estética facial.
Inclusive, muitos pacientes se questionam se um simples aparelho ortodôntico pode resolver o problema.
A boa notícia é que há tratamento para o prognatismo e sim, muitos casos podem ser resolvidos com os alinhadores da Invisalign®. Casos mais graves podem necessitar do tratamento Invisalign® combinado com cirurgia.
Saiba mais sobre o prognatismo mandibular, suas causas, consequências de não tratar e como o uso de um aparelho ortodôntico Invisalign® pode ser eficaz no tratamento.
O que é prognatismo mandibular?
O prognatismo mandibular é um distúrbio que causa uma deformidade dento-esquelética, onde a mandíbula se projeta para frente, ocasionando uma mordida cruzada e um perfil facial côncavo. De forma resumida: este distúrbio faz com que os dentes inferiores do paciente ultrapassem os superiores, projetando o maxilar e o queixo para frente.
Além disso, o lábio inferior do portador é mais volumoso e avançado, causando uma desarmonia na face.
O prognatismo mandibular traz prejuízos tanto estéticos quanto funcionais para o portador. A mastigação acaba prejudicada pois a parte superior da arcada dentária não encaixa com a inferior.
Como há uma incorreta relação da articulação temporo mandibular e um mau condicionamento dos tecidos moles da orofaringe, a fonação e a respiração também podem ser prejudicadas.
Tipos de prognatismo mandibular
Existem quatro tipos de prognatismo mandibular, conforme a área ou a estrutura óssea envolvida. São eles:
- maxila bem posicionada com a mandíbula para frente (protruída);
- mandíbula bem posicionada com a maxila para trás (retruída);
- maxila e mandíbula retruídas;
- maxila retruída com mandíbula protuída.
Principais causas do prognatismo mandibular
O prognatismo mandibular é causado pela má formação dos ossos faciais e pode ser causado por uma série de fatores. A principal causa costuma ser o fator genético e hereditário.
Se o indivíduo já possui histórico do distúrbio na família, deve ficar atento pois tem mais chances de desenvolver o problema. No entanto, alguns outros fatores e hábitos do dia a dia podem estimular o seu desenvolvimento. Os principais são:
- chupar dedos ou chupeta;
- problemas respiratórios;
- interposição lingual (como a língua é posicionada na boca);
- desvios da funcionalidade do rosto;
- fatores hormonais;
- traumatismos.
Consequências de não tratar o prognatismo mandibular
O prognatismo mandibular costuma se manifestar cedo em crianças de ambos os sexos. Normalmente este desenvolvimento irregular começa a ser notado aos 4/5 anos de idade, mas pode se manifestar em qualquer momento do crescimento.
Caso não seja diagnosticado e iniciado o tratamento o mais brevemente possível, este distúrbio pode trazer tanto prejuízos estéticos quanto funcionais. Entre as principais consequências do prognatismo mandibular, estão:
- dificuldade na mastigação;
- dificuldade no modo de falar;
- dificuldade para fechar ou abrir completamente a boca;
- desgaste nos dentes;
- ruídos articulares e dor de cabeça (ou enxaqueca) crônica;
- zumbido nos ouvidos;
- inchaço no rosto;
- desarmonia ou deformidade do rosto;
- sensação de pressão por trás dos olhos.
Ao notar qualquer anormalidade na posição dos dentes, procure um ortodontista o mais brevemente possível.
Tratamento para o prognatismo
Um diagnóstico precoce e aprofundado é fundamental para o tratamento e para a prevenção. Como muitas vezes os primeiros sinais do distúrbio são observados ainda na infância, há mais opções para a correção e tratamento.
Mas basicamente o tratamento para o prognatismo mandibular pode ser dividido em três:
- tratamento preventivo: quando o dentista observa já na dentição decídua (dentes de leite), uma tendência de crescimento mandibular. Já se inicia uma investigação radiográfica e familiar para descobrir o fator causador e possível tratamento;
- tratamento interceptativo: quando o prognatismo mandibular já está se instalando e ainda não ocorreu o surto de crescimento puberal. O ortodontista solicitará uma radiografia de mão e punho para determinar a idade fisiológica, que nem sempre coincide com a idade cronológica;
- tratamento corretivo: realizado após o pico de crescimento puberal. Vale ressaltar que isso não determina o fim do crescimento da mandíbula e sim o fim do pico do crescimento.
O tratamento ortodôntico é sempre necessário, podendo ser realizado com diversos tipos de aparelhos, inclusive com os alinhadores da Invisalign®. A cirurgia é indicada quando constatada uma deformidade esquelética moderada ou grave.
Um mesmo paciente pode precisar de ambas as formas de tratamento para corrigir o prognatismo mandibular. Em situações mais graves, por exemplo, o paciente pode precisar do tratamento Invisalign® combinado com cirurgia.
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Escrito por Dra. Samanta Nigro CRO-PR 12242
Formada em Odontologia pela PUC_PR, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUC-PR, especialista em Odontopediatria pela Associação Brasileira de Odontologia-PR e membro da Sociedade Paranaense de Ortodontia. Invisalign® Top Doctor, certificada pelo curso Invisalign by Instituto Maio e Fellowship em Alinhadores.